quarta-feira, 26 de maio de 2021

"O passado pode até nos marcar, mas quem decide se levaremos dores ao futuro somos nós."

Até que a morte nos ampare, por Marcos Martinz
Publicado pela editora parceira Principis, 128p.



Todas as noites ao dormir, Marcos recebe uma visita nada comum, a Dona Morte o leva para passear, pois ao dormir tudo o que as pessoas acham ser sonhos, é a alma a se aventurar e dessa vez ele irá conhecer em um lugar novo uma jovem chamada Rosa, que morreu no dia de seu casamento há séculos atrás.

Rosinha era uma jovem comum, trabalhava em uma floricultura em uma cidadezinha pacata, com um pai carinhoso e uma mãe distante sentimentalmente dela, algo que ela não entendia, a jovem tinha uma forte ligação com odores e até chegou a produzir fragrância, juntava algumas economias para enfim ir para a França realizar seu sonho, mas quando é pedida em casamento e por pressão da sociedade ela decide que irá seguir uma vida conjugal, deixando seus outros objetivos de lado para não decepcionar sua família e pessoas próximas.

Mas como o fato aconteceu, só descobriremos ao decorrer da leitura e poderá te surpreender assim como surpreende a própria personagem que passa cerca de 200 anos repetindo o fatídico dia até que encontre as respostas para esse mistério, já que Rosinha não tem a mínima ideia de como foi assassinada, e a cada fato relatado o registro é feito por Marcos para publicar o livro.

"Vivos, sejam jardins: reguem-se todos os dias, valorizem o perfume doce que é ser sua própria flor e, principalmente, aceite-a, com todos seus espinhos."

Esse livro foi uma caixinha de surpresas, com uma capa chamativa em um título peculiar fiquei um pouco receosa sobre o peso que a leitura traria, pois aborda o tema importante, a ⚠️ depressão ⚠️, que apesar de estar sendo muito debatido, ainda há muito preconceito, muitas pessoas que não aceitam como doença e acham que é uma frescura, e através dos personagens podemos ter reflexões sobre o amor-próprio e o quão importante é falar dos seus problemas para enfim poder superar. Falar com pessoas que realmente se importam e com auxílio médico.

Um livro curto, que pode ser lido em poucas horas e que marca muito pelo enredo bem construído.