mas alguns animais são mais iguais do que outros"
A revolução dos bichos, por George Orwell.
Publicado pela editora parceira Principis, 96p.
A revolução dos bichos, por George Orwell
Publicado pela editora parceira Principis, 96p.
Uma revolução encabeçada por um porco é feita, animais cansados de serem explorados pelos donos humanos acolhem a ideia falada pelo porco de uma sociedade igualitária, onde todos tem os mesmos direitos e colherão desse benefício parando de sofrer, sendo assim decidem tomar a fazenda, expulsando os humanos de lá.
Há alguns mandamentos a serem seguidos, porém nem todos os animais sabem ler e conforme o tempo passa, o acordado vai sendo esquecido e as novas opressões ainda piores do que dos humanos, feitas diretamente pelos que seriam iguais, mas que se põem em lugar de liderança, são relevadas, afinal, sem o conhecimento, apenas vão vivendo e aceitando o que vier, que até os prejudica ao se deixarem ser manipulados muitas vezes sem perceber.
O dia em que a revolução ocorreu nunca é esquecido, como a sensação que trouxe como um dia brilhante, mas cada vez que coisas estranhas acontecem, a vida deles vai se tornando mais parecida ao que já era.
Em poucas páginas nessa fábula, podemos notar como tudo gira em torno do poder e individualismo, foi fácil para os animais se encantarem com um belo discurso principalmente por estarem em um estado de opressão com os humanos, mas cada vez que o desejo de poder e os objetivos do líder se concretiza, mais parecido fica com os humanos que eles tanto criticavam.
Esse é o segundo livro que leio do autor, sendo o primeiro 1984 e gostei ainda mais da escrita inteligente, da maneira simples como narrativa consegue abordar assuntos importantes para que o leitor reflita.
Há muitas críticas políticas inseridas, as quais vale a pena pesquisar mais fundo sobre o livro pós leitura para compreender ainda mais sua totalidade.
A edição é em capa dura e está muito caprichada, você pode conferir alguns detalhes na segunda foto, também gostei da tradução que deixou esse clássico mais fluido.
Um livro atemporal, publicado originalmente em 1945 que choca o quão está presente no mundo em que vivemos até hoje.